20 fevereiro 2006

Isto.Nas Necessidades

Há no País, uma palavra terrível - é a palavra isto. Em matéria de mau presságio, nada se compara a essa palavra, nem sequer o isso e muito menos o aquilo. O isto é que é terrível, como que uma espécie de Gólgota seja nas políticas, nas culturas ou nos jornalismos e até mesmo nos vinhos da Bairrada. E esse isto, nas Necessidades, volta a estar desisteressante - tolerá-lo é como beber café de água chilra. E por se ter alegorizado com o Gólgota, continuemos no tom da via sacra - digamos que, nas Necessidades, se chegou uma vez mais à fase do lava-pés, da última ceia, dos trinta dinheiros, do Judas a levantar-se com aquele tal olhar que a Humanidade, depois de dois milénios, só haveria de voltar a ver em alguns personagems esparsos da Roda dos Milhões. E perante isto, para Freitas do Amaral chegou a hora de decidir: ou sim, ou sopas - não por causa disso ou daquilo, mas por isto. Até porque tão bem como António Martins da Cruz, só Martins da Cruz conseguiu fazer isto e Sócrates dificilmente encontrará um porta-voz como Durão Barroso conseguiu manter com a antecessora de António Monteiro.

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