Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
26 agosto 2011
Euro-folclore diplomático
A UE, cujo "serviço diplomático de ação externa" é uma ópera cómica, não seria melhor pensar repensar o "serviço diplomático de ação interna", com cada estado membro a ter suportar missões em cada um dos 26 restantes com o mesmo entusiasmo com que o animal suporta a canga? Não seria melhor Portugal poder fechar embaixadas em metade dos países da UE, para manter as que tem onde lhe interessa e abrir outras que não tem mas onde tem conveniência? A "diplomacia interna" da UE parece um baile mandado - a Alemanha a ordenar os passos, a França ao acordeão, o Reino Unido em figura de corpo presente com o estandarte do rancho, a Itália e a Espanha a fazerem os sapateados, os que usufruem da centralidade europeia (Dinamarca, Suécia, Holanda, Bélgica) a cobrarem nas bebidas ao público (a Irlanda ainda vende uns uísques), e os da periferia (Portugal, Grécia) na esmola e nas rifas como os bombeiros de Loures.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Muito bom, Carlos. Abraço.
O problema é que desde Amado que se vem alimentando a ideia fátua de uma permanente reforma no Ministério. Reforma-se entre aspas hoje, para voltar a reformar amanhã. Isto não "interessa" - como agora se diz. O que interessaria seria concentrar-se em objectivos e resultados. Dá muito trabalho.
Enviar um comentário