25 outubro 2011

Nasceu o CEIE

E porque a folha oficial é o berço (antes disso é conversa babosa dos pais), aí temos hoje no berço o CEIE, de nome completo Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia. Segundo os assistentes do parto, o bébé tem ares de diplomacia económica, meio-irmão do nascituro que resultar da "reestruturação dos organismos e instrumentos do Estado implicados na internacionalização da economia portuguesa, na promoção e captação de investimento estrangeiro e na cooperação para o desenvolvimento", e que segundo a mais recente ecografia prénatal, está em gestação avançada.

Turela do CEIE, e por ordem de precedência:
  1. primeiro-ministro, que o dirige
  2. ministro de Estado e das Finanças
  3. ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
  4. ministro da Economia e do Emprego
  5. quatro representantes de organizações do sector empresarial privado, a convidar de entre as mais directamente ligadas aos processos de internacionalização e desenvolvimento, mas, pontualmente, podem ainda ser convidadas outras entidades
Além disso:
  • o secretariado executivo do CEIE é pela AICEP
  • reuniões trimestrais
E que vamos ter por aí mais uma série de altos representantes, porquanto
mediante despacho do primeiro-ministro, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e do ministro da Economia e do Emprego, poderão ser nomeados altos representantes para áreas ou projectos específicos, bem como para regiões que se considere constituírem uma mais -valia na prossecução dos objectivos a atingir
Mais, para simplificar, supõe-se
os altos representantes são escolhidos de entre personalidades de reconhecida competência em matéria internacional, diplomática ou económica, e que a sua actividade não pressupõe a existência de estruturas locais fixas
Resultando disto tudo:
em sede de leis orgânicas dos departamentos, serviços e organismos a aprovar no âmbito
do Programa de Redução e Melhoria da Administração Central, serão implementadas medidas e alterações de natureza orgânica adequadas
Está tudo AQUI

1 comentário:

Anónimo disse...

Essa referência à reconhecida competência em matéria internacional, diplomática ou económica dos possíveis eleitos parece muito louvável e digna de se seguir, mas deliciosamente irreliasta para quem conheça os bastidores da diplomacia portuguesa.
Permito sugerir junto ao nosso gentil anfitrião, Carlos Albino, a elaboração de um barómetro para indagar junto aos seus leitores quantos acreditam que tais condições sejam preenchidas no cenário português.
Se ao menos fossem indagados nomes novos, desprovidos de ligações perigosas, e não aqueles que como cortesãs de sucesso, figuram - sem princípios, nem pudor - nos gabinetes políticos dos diferentes partidos no poder ...