19 novembro 2003

[2] A importância de «ir ao Fundo»

De onde vêm os euros do Fundo para as Relações Internacionais (FRI)

Os euros são provenientes

  • dos emolumentos consulares cobrados nos serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros

  • dos saldos de gerência de anos anteriores

  • do produto de doações, heranças e legados

  • de outras receitas não discriminadas

    Que a verdade não nos traia, como se diz na Maia:

    1 – os emolumentos, em grande quase ou em quase total parte, pagos por emigrantes, têm esse destino dos subsídios, como se discriminam em Notas Formais

    2 – os saldos «de gerências anteriores» têm muito a ver com os rendimentos do depósito bancário do produto ardilosamente obtido com a «negociação» da antiga Embaixada de Portugal em Tóquio com os legítimos proprietários japoneses, uns valentes milhões que no fundo deram origem ao expediente legal do Fundo como a sempre activíssima ex-diplomata Ana Gomes pode explicar, pois o Embaixador Melo Gouveia já explicou com toda a lisura e honestidade

    3 – doações, heranças e legados não são conhecidos ou pelo menos são tão desconhecidos como o destino dos biombos de arte Nambam que supostamente deveriam estar na residência do Representante Permanente em Nova Iorque

    4 – e quanto a receitas «não discriminadas» é fórmula de saco azul, pelo que não terão a dignidade de figurarem no Diário da República.

    Portanto, tudo isto é transparente, como se diz em Benavente.
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