14 fevereiro 2006

Agapito. Só ouvido, porque visto não tem graça...

Agapito surgiu nas Necessidades puxando por uma trela aérea um estranho caniche com asas, aos berros como não podia deixar de ser:

«Meu caro! Motivos Políticos? Mas que motivos políticos para afastar um Cônsul-geral que não têm competências políticas? Meu caro! Ouça-me!!! Um cônsul é apenas a extensão da administração do Estado no exterior! Um Cônsul-geral tem umas funções e o Embaixador tem outras que são distintas, ouviu? Mas o que é isto? O cônsul manchou o nome de Portugal? Manchou o nome de Angola? Fez alguma caricatura de Maomé? Declarou guerra ao Congo sem o conhecimento do embaixador? Ofereceu algum fato beje a algum diplomata árabe em Luanda? Ofensivamente deu ele a algum angolano um caniche com asas como este que me acompanha, tendo-se servido abusivamente da mala diplomática para o transporte do bicho? Agrediu algum Estado muçulmano com o carimbo consular? Mas, meu caro! Para punirem o cônsul assim por motivos políticos tão sigilosos, onde foi o julgamento? À porta fechada? No plenário da Boa-Hora ou, sem que a gente saiba, haverá agora plenário no Rilvas? Meu caro! Será que a Securitas, por motivos políticos, está prestes a ser substituída nas Necessidades pela Guarda Islâmica do Irão, com vistos concedidos pelo embaixador Mohammad Taheri?»

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