14 fevereiro 2006

«Por motivos políticos» Afasta-se um Cônsul-geral por motivos políticos? Quais?

Os diplomatas sérios, com sentido de serviço do Estado e de mãos limpas, que se acautelem.

A seco, eis o telegrama da Agência Lusa que afinal desmente o Expresso a toda a linha, e mostra uma face das Necessidades que, por completo, desconhecíamos, melhor, há muito que não verificávamos. Afinal o Cônsul-geral em Luanda foi afastado por «motivos estritamente políticos» que o MNE, por sua vez, se escusa a especificar, além de que a decisão foi tomada sem processo disciplinar. Mau, é muito mau que a Casa vá por estes caminhos. E isto é muito pior do que um anterior ministro ter afastado embaixadores, fazendo-o, no fundo, por motivos estritamente pessoais que afinal baseiam a nossa política e os «motivos políticos». Daí está que, olhos nos olhos, tenhamos dito e se repete: não fico chateado que me mintam, só fico aborrecido se pensam que eu acredito.

Lisboa, 14 Fev (Lusa) - O Cônsul Geral de Portugal em Luanda foi exonerado, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que evocou "motivos políticos" para a decisão e negou qualquer ligação à alegada recusa de visto a um jornalista angolano.

Em declarações à Agência Lusa, António Carneiro Jacinto afirmou que a exoneração de Luís Gaspar da Silva ocorreu "há cerca de um mês" e apenas por "motivos estritamente políticos", que se escusou a especificar.

Questionado pela Lusa sobre se o afastamento do cônsul está relacionado com a alegada recusa de visto a um conhecido jornalista angolano, Ismael Mateus, tal como tem sido veiculado por media portugueses e angolanos, o porta-voz negou, afirmando que "não tem nada a ver" com este caso.

O porta-voz referiu ainda que "não houve processo disciplinar".

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