Sobre a questão colocada por Bloguítica, e que a Lusa não referiu, diga-se:
O voto de Portugal em Nova Iorque relativamente à proposta apresentada pelo Sudão em nome do Grupo de Estados Árabes para que Israel renuncie à decisão de expulsar Arafat e se abstenha de qualquer ameça à sua segurança, foi de alinhamento com a União Europeia que introduziu uma emenda no preâmbulo da proposta assim aprovada por 133 votos, contra 4 (EUA, Ilhas Marshall, Israel e Micronésia) e 15 abstenções (Austrália, Camarões, Canadá, Colômbia, Fiji, Guatemala, Honduras, Quénia, Nauru, Nicarágua, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Peru, Tonga e Tuvalu).
A resolução exprime o apoio sem reservas ao chamado Quarteto.
Registe-se que as emendas apresentadas pela UE foram apoiadas pelo Sudão (proponente).
A posição da UE explicitada pelo Representante Italiano, Marcello Spatafora que lamentou que o Conselho de Segurança não tenha adoptado por consenso uma resolução contra a decisão de Israel. A UE fez notar que tinha incluido o braço político do Hamas na sua lista de organizações terroristas.
O Canadá, por exemplo, justificou a sua abstenção alegando que a resolução não exorta suficientemente a Autoridade Palestiniana a lutar contra a violência terrorista dos grupos armados do Hamas, Djihad e Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa.
Cuba denunciou «a hipocrisia» da UE alegando que emendas europeias condenam «as execuções extrajudiciais e os atentados terroristas, sem tomar em linha de conta o direito do povo palestiniano à resistência». De Cuba não se esperaria outra coisa.
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