05 outubro 2003

Lista de espera enquanto Martins da Cruz é atendido

Martins da Cruz continua. Das duas uma: ou dá um passo em frente e faz esquecer o «episódio», sim, de guerra suja, ou fica mais algum tempo no cadeirão das Necessidades.

  • E que passo em frente? Medidas de fundo e substituição da equipa de secretários de Estado, nomeadamente SENEC e SECP, agora que Martins da Cruz perdeu o diplomata de «meio campo» - Silveira de Carvalho. Tem semanas, um mês para esse arrojo. Se assim for, até pode ser que Martins da Cruz saia reforçado, muito embora sigam as reticências:... Voltaremos às reticências.

  • E o que é isso de mais algum tempo? Sim, continuará MNE, semanas, meses, um semestre até que haja um assento permanente em Bruxelas – o assento de Vitorino. Sim, Comissário Europeu. João de Deus Pinheiro sabe como foi com ele e Durão Barroso sabe como ele foi.

  • Em qualquer caso, os pretendentes ficam em lista de espera. Têm que aguardar.

    1. Dias Loureiro. A solução esteve pensada na formação do Governo mas ele não quer e continua a não querer. Talvez por causa das reticências. Voltaremos às reticências.
    2. Paulo Portas. Bem quer, sempre pretendeu o «cadeirão» mas pouca gente o quer. Não tem viabilidade sobretudo após o recente congresso do PP. Um MNE não pode ter nem sequer uma «ligeira imagem» de xenofobia. Fora o resto. Além de Durão Barroso não abdica das reticências.
    3. Marques Mendes. Também deseja certamente as Necessidades. Teria certamente o apoio de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas certamente não basta.
    4. António Monteiro. Muito difícil agora por quatro alíneas: a), b), c) e d). As b) e c) estão em segredo diplomático, a a) pertence à diplomacia dos segredos e a c) ninguém confirma nem desmente. Pelo que é agora muito difícil.
    5. José Cutileiro. Sim, ambiciona. Mas iria Durão Barroso entregar as Necessidades ao «mundo dos outros» que não se compagina com a estratégia do PM? Cutileiro foi nome mas já não é e apenas acreditamos que volte a ser se amanhã ele tomar o pequeno-almoço com Bush.
    6. Mendonça e Moura, que chefia a REPER. Pode ser mesmo o primeiro a ser atendido.

    Faltam as reticências. Três pontinhos fatais para o MNE.
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