Funcionário do Estado Português preso na Califórnia
NV acabam de receber a indicação (dada como segura, mas que vamos reconfirmar) de que o funcionário administrativo, deslocado sem salvaguardas do recém-encerrado Consulado-Geral em Hong Kong para a representação consular portuguesa em São Francisco (Califórnia) foi detido quando chegou à costa oeste dos EUA.
O Estado Português, designadamente o departamento do MNE que tutela os serviços consulares (José Cesário) deveria ter evitado a deslocação do funcionário através do expediente (típico dos imigrantes clandestinos) do «bilhete de ida e volta», sem acreditação adequada. O funcionário, Lao Chi Tak, de origem chinesa, foi acompanhado da mulher. Pelos dados disponíveis, após a detenção, Lao Chi Tak foi posto em liberdade pelas autoridades norte-americanas, mas tem o prazo de uma semana para abandonar os EUA.
A forma como a «reestruturação consular» está a ser executada no terreno é, no mínimo, desastrosa. Esta prisão de um funcionário do Estado Português pelas autoridades norte-americanas, nas circunstâncias em que ocorreu, era evitável, tanto que, desta vez, o secretário de Estado José Cesário não pode atribuir «aos serviços do MNE» ou a «instruções do gabinete do senhor ministro» a responsabilidade que o recorta, designadamente pela notória incapacidade de diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas - diálogo imprescindível na matéria em questão, como manda a sageza política.
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