Sim, é verdade que
Teresa Gouveia negou, ontem, no Parlamento, a possibilidade de Portugal contribuir com 20 milhões de euros para a reconstrução do Iraque, em 2004,
mas não disse que verba Portugal vai anunciar com essa finalidade, na Conferência de Doadores marcada para sexta-feira (24) e sábado (25), em Madrid.
NV vai dizer.
Não são 20 mas apenas 2 milhões. Houve um zero a mais na notícia difundida pela Lusa e repercutida por toda a dependência informativa.
E nisto de contas, a melhor fonte está nas Finanças onde 2 é igual a 1-1, pelo que NV, até ao momento, apenas não conseguiram apurar de que orçamento sectorial vai saltar essa verba dos 2 milhões.
Anteriormente Portugal já disponibilizara um milhão de euros no quadro da ajuda humanitária internacional inicialmente estimada em 34.000 milhões de dólares - uma generosidade que acabou por emagrecer para os 2.000 milhões de dólares. Do milhão português, foram «consumidos» no terreno apenas 400 mil euros, sabendo NV que os 600 mil euros libertos já têm como destinatários algumas empresas portuguesas peritas na prestação de acções de formação.
Para a próxima reunião de Madrid, Portugal usou não tanto a calculadora doméstica mas a bitola de comparação com países de semelhante estatura na UE. Bitola equívoca, pois a Suécia e Dinamarca (com fortes ou potenciais interesses petrolíferos na região) que já anunciaram as suas contribuições, vão usar um zero a mais, ou seja, verbas que rondam os 20 milhões de dólares. A bitola de Portugal que vai pelo zero a menos, segue países como a Áustria (1,7 milhões de euros) e Irlanda (3,1 milhões de euros) cujos interesses na área não deverão exceder a indústria dos chocolates.
A verba portuguesa para Iraque, um esquisito segredo guardado a sete chaves tanto que nem Teresa Gouveia o revelou aos parlamentares, fica portanto entre Viena e Dublin: 2 milhões de euros.
Nem mais, nem menos.
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