Por ter feito um veemente apelo à lealdade processual, o Chefe de Estado Jorge Sampaio é o «culpado» de se passar a transmitir por nota verbal o seguinte:
Como toda a gente sabe, o último casamento do apresentador
Carlos Cruz, alegadamente por convicção budista, foi na Tailândia, em Agosto de 2001. O assento de casamento deveria estar supostamente na Embaixada de Portugal em Banguecoque em cujo Salão Nobre o evento decorreu, num acto de excepção gentil por iniciativa do embaixador português.
O acto, como todos do mesmo género, deveria ter ficado registado e arquivado na Secção Consular da Embaixada. De fonte limpa, não há pasta de arquivo com o registo porque...
... sim, porque o acto deveria ter sido presenciado pelo encarregado da Secção Consular que então era o número dois da Embaixada, o diplomata João Brito Câmara (actualmente em Riade), o que não aconteceu. Ausente o responsável consular do acto de registo, lá esteve alguém a fazer esse papel, descrito como «o rapazinho» e que, nos três anos em que o Embaixador Tadeu Soares chefiou a missão em Banguecoque, passou como «vice-cônsul».
A Tadeu Soares, agora Director-Geral dos Assuntos Comunitários, cargo de topo na hierarquia das Necessidades, e também a João Brito Câmara, agora na Missão Portuguesa em Riade, assim se pergunta em função da lealdade processual:
Onde está a pasta que arquiva o assento de casamento do apresentador?
Desapareceu ou, pura e simplesmente, nada aconteceu que fosse susceptível de poder ser registado e arquivado?
E, já agora, também se pergunta à Inspecção Diplomática e Consular, igualmente por lealdade processual:
Como é possível a prática de um acto de registo civil sem a presença e assinatura do Encarregado Consular?
E se houve acto de registo, onde está o assento?
E se não houve nem acto, nem registo, nem assento, a Inspecção deixa que uma Embaixada Portuguesa seja missão de uma revista mundana?
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