Opção de Notas Verbais
Algum humor manifestamente artificial e alguns jogos inofensivos caracterizaram a «prestação» de Notas Verbais nas duas últimas semanas – tempo em que, pesando prós e contras, se reflectiu sobre o futuro desta página criada para uma abordagem crítica das questões suscitadas pela actividade externa do Estado Português, quer no plano estritamente político, quer no da acção, capacidade e conduta diplomática (nem sempre transparente), quer ainda na área consular que é uma área confusa e mordomítica - desculpem a palavra porque a última culpa é das mordomias.
A verdade é que, depois de comprovadas interferências externas nesta página (quer através de entradas abusivas com a intenção deliberada de bloquear os acessos, quer através de pressões directas e indirectas que nos abstemos de descrever) haveria que fazer uma opção: acabar com Notas Verbais ou continuar. O Pais está cheio de historiadores para fazermos aqui História, está cheio de comentadores-evangelhistas para fazermos aqui evangelhos de salvação da Pátria e está também cheio de críticos de arte para aqui pintarmos a manta.
A decisão foi a de continuar, oferecendo o peito às balas – temos consciência disso. A Diplomacia Portuguesa está a atravessar necessariamente uma era de crise profunda porque a Política Externa Portuguesa a determina e, aliás, até lhe interessa que a Diplomacia ou disso não se aperceba ou isso tolere quanto mais não seja pelo instinto de sobrevivência de alguns agentes (a minoria, sem dúvida) ou pelo exercício efémero de protagonismos de alguns decisores.
Portanto, NV continuam o que, dito no dia 23 de Novembro, tem valor simbólico.
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