11 março 2004

Perante o atentado de Madrid, as Necessidades com um bom e prudente desempenho

A pronta tomada de posição das Necessidades na sequência do atentado em Madrid é de assinalar, muito embora em diplomacia não se deva dar sinais de emotividade exagerada – quando isto acontece o objectivo político que, no caso é uma razão de Estado, fica diminuído. De qualquer forma, a emotividade não prejudicou a frieza que se impunha ao tratamento do essencial: a autoria do atentado que ainda não é até agora conhecida, nem foi reivindicada. A versão final da declaração oficial das Necessidades acautela esse pormenor e, até ver, fez-se bem. Sabe-se o que é a ETA e como a ETA actua; mas também se sabe como as organizações terroristas islâmicas agem.

  • NV, que já criticaram várias vezes a «mentalidade de fim de semana» das Necessidades quando o terrorismo ataca ao sábado e ao domingo, com a excepção da cena ser Israel, registam a forma clara, de alguma maneira fibrosa e inequívoca mas prudente, da declaração sobre Madrid.
    Apenas se espera que isso traduza maior e mais empenho de Portugal pelos instrumentos multilaterais de luta contra o terrorismo organizado à escala internacional e nas várias vertentes, designadamente a do financiamento. Há lassidões, nesta matéria, que não se entendem, sabendo-se que os criminosos e terroristas desse calibre também se passeiam de fato e gravata, dispõem de grandes iates e passam por milionários intocáveis. Os que mandam os outros imolar-se por Alá, não andam de pata descalça.
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