Briefing da Uma
1. Olivença
2. Competitividade
3. Terrorismo
4. Iraque.
5. Ainda MNECP/Japão
1. Olivença. Contam-se hoje 193 anos sobre o dia em que o Duque de Wellington ordenou a Beresford, humilhou e desautorizou as tropas portuguesas, entregando Olivença a Espanha. E execução do general Gomes Freire de Andrade, em 1817, em última análise por pretender organizar um «exército nacional português», foi o epílogo final dessa sobranceria típica – há sobre esta matéria um importante trabalho subtraído da memória colectiva redigido por José de Arriaga (irmão do Presidente Manuel de Arriaga) e que se intitula «A Inglaterra, Portugal e Suas Colónias», 1882. (Ler comunicado do GAO em Notas Formais).
2. Em competitividade, na Zona Euro, pior que Portugal só a Grécia. E a Grécia porque, por razões de segurança e defesa, é obrigada a gastar o inimaginável com as suas forças armadas – é bom que se diga para que não se pense que os gregos também têm o seu Carlos Tavares e muito menos o seu Pina Moura que foi, sem dúvida, pior desastre. A situação de cauda de Portugal manter-se-á até 2005, apesar da tendência ter sido interrompida. Mas esta ligeira interrupção de tendência ficou a dever-se à quebra dos salários reais. Enfim, as 44 medidas (falhadas na globalidade) do Programa para a Produtividade e Crescimento da Economia, a anunciada ideia da «Economia em Movimento» com objectivos para curto e médio prazo que serão notícia dos delfins mediáticos para a próxima semana e ainda o chamado projecto «Portugal 2010» visando a duplicação da produtividade, são pormenores.
3. Terrorismo. O senhor Stanley Ho que, num jogo da impunidade, ofereceu um recôndito palácio numa montanha recôndita da Coreia do Norte a Sadam Hussein quando este supostamente já estava «em desespero», porque não resolve as coisas oferecendo idêntico esconderijo a Osama Ben Laden que segundo Miguel Monjardino também já estará em desespero, com a proposta que faz «à Europa»? Mas o terrorismo não será isso mesmo – desespero, o radical desespero que tanto pode fazer o mais detestável bandido sem Estado como o pior déspota com Estado?
4. Iraque. O contingente da GNR, então, poderá ser substituído por elementos das Forças Armadas a partir de 30 de Junho, num quadro legitimado pelo almejado mandato das Nações Unidas. Ainda é prematuro descobrir as dez diferenças, entre desenhos duplicados diferentes.
5. Ainda Teresa Gouveia e a visita ao Japão. Questionaram NV sobre a forma como se referiu a «oportunidade» e «consistência» da visita oficial da MNECP ao Japão e na questão pergunta-se se, com essa viagem, a MNECP não deu decisiva visibilidade ao relacionamento económico luso-nipónico. É evidente que o Japão, ao longo destes últimos dez anos atravessou profundas crises – sobretudo políticas, governamentais e até de segurança interna – que ora não aconselhavam viagens «com substância» ora fizeram cancelar projectos. Acreditamos que não houve um deliberado esquecimento do Japão por parte da diplomacia portuguesa, como a MNECP chegou indevidamente a sugerir. Só que Teresa Gouveia, se fez bem ir ao Japão, faria melhor, muito melhor, programar a viagem para um momento em que fosse possível praticar um acto. Um acto de Estado, claro. A assinatura de um Acordo, por exemplo. Dois, seria melhor ainda. O Acordo para evitar a dupla tributação, completamente negociado e acabado bastaria - o que diplomaticamente teria sido possível «compaginar», na expressão do embaixador Agapito Barreto.
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