Desculpas pelo atraso.
1. Deputado Eduardo Neves Moreira
2. Zapatero/Moratinos em Lisboa
3. Sonangol e a «sugerência» do governo português
4. Valetim Loureiro e Nino Vieira
1. (O Deputado Eduardo Neves Moreira, em recente comunicado autónomo e num requerimento juntamente com Manuela Aguiar e Carlos Gonçalves, deixou de se autoproclamar como «o deputado da emigração». O que significa?) Verifica-se que o Deputado Eduardo Neves Moreira está a cumprir o que o Estatuto do deputado lhe impõe, abandonando o atributo de «deputado da emigração» que ostensivamente apunha ao mandato. Um qualquer deputado, por força do estatuto, acabada a eleição representa todos os eleitores e não apenas os do círculo que o elegeu. Assim, já se pode falar. Machado de guerra enterrado.
2. (Zapatero e Moratinos vêm a Lisboa. É um aproximação ou um acto de mero respeito?) Zapatero compreendeu que o vir a Lisboa, depois das críticas de Durãpo Barroso que Teresa Gouveia não leu, apenas corre a seu favor. Durão Barroso ou mesmo Teresa Gouveia dificilmente encontrariam algum pretexto para, com substância, se deslocarem a Madrid. Zapatero escolheu as «capitais difíceis» para o calendário das suas primeiras visitas internacionais: à cabeça, Rabat, depois Berlim e Paris (onde Aznar deixou amargos de boca), segue-se a capital portuguesa (onde deve chagar já com o endosso dos franceses e alemães) e depois Londres e Roma (que também foram tradicionais sintonias de Aznar). Em Lisboa, para além do esperado cenário de civilizadas cortesias Durão-Zapatero, a grande curiosidade irá talvez mais para a prova de articulação e afirmação a que Teresa Gouveia se submete incontornavelmente perante o desempenho de Moratinos que, sabe-se, é grande amigo pessoal de Seixas da Costa, e que, além disso está para a música clássica assim como Ana Palácios estava para a música militar…
3. (A petrolífera Angola Sonangol, diz-se que por sugestão do governo português, vai integrar o consórcio dominado pela Carlyle na corrida à GALP. O que significa isto?) Significa que promete e que pode comprometer. Nada mais se pode adiantar a não ser uma precisão importante: em vez de sugestão, é preferível falar-se em «sugerência» portuguesa.
4. (Valentim Loureiro foi cônsul honorário da Guiné-Bissau?) Como se sabe, Valentim Loureiro foi cônsul honorário de Nino Vieira, e como também se sabe, qualquer cônsul honorário sabe muito, sendo que para saber muito é que um cônsul é honorário, honorários à parte.
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