Uma viseense nas Dispensas e Privilégios de NV

Nova personagem: Miquelina, nas Dispensas e Privilégios de NV.

Miquelina de Valadas e Winter, nasceu em 18 de Julho de 1946 (por coincidência no mesmo dia em que a Ministra Teresa Gouveia passou a contar para os astrólogos), em Viseu (também por coincidência a cidade natal do Secretário de Estado José Cesário), licenciou-se em Direito na Universidade de Segóvia em 1978 (ainda por estranha coincidência o mesmo ano em que a Secretária de Estado Manuela Franco terminou idêntico curso na Universidade de Lisboa) e, desencantada da advocacia, da magistratura e do notariado – três carreiras que sucessivamente tentou sem êxito em Angra do Heroismo, ainda por estranha coincidência na terra do Secretário de Estado Costa Neves – teimou por quatro vezes entrar para um serviço qualquer da Caixa Geral de Depósitos mas por quatro vezes ficou eliminada nas provas mas, para seu espanto, mesmo sem concurso entrou para a carreira diplomática. Miquelina de Valadas e Winter bem pretendeu submeter-se a provas de acesso mas, em resposta, ouvia sempre o mesmo mal se aproximasse da guarita do Largo do Rilvas: «Vocência, Minha Senhora, é uma de Valadas e Winter, pelo que basta ser de Valadas para estar livre dessa humilhação. E sendo além do mais Winter, está admitida». E foi assim que Miquelina, por ter nascido a 18 de Julho é Dama da Ordem do Mérito da Costa do Marfim, por ter nascido em Viseu tem a Medallha de serviços distintos da Missão de Monitores da União Europeia, por ter cursado Direito em Segóvia é grande oficial da Ordem da Fénix da Guiné Equatorial, por tanta persistência em Angra é comendadora pro Merito Militensi da Ordem de Malta, em função da sua experiência na Caixa Geral de Depósitos tem a grã-cruz da Ordem do Sol do Perú e em função das estranhas coincidências foi-lhe atribuída a grã-cruz da Ordem de Ouissam Alaouite de Marrocos. É casada com o cônsul honorário de Portugal em Nunavut (Canadá), Senhor Pestana Inocêncio, mas apesar de tudo conserva a pronúncia de Viseu que irremediavelmente verte para escrito.