18 maio 2004

África-Lisboa. É por estas coisas que as chancelarias estrangeiras estão atentas.

Agora é a Fundação Soares, dias 25 (terça) e 26 (quarta-feira). Promete. Angola na encruzilhada do futuro, é o tema. Vem gente de Angola (Vicente Pinto de Andrade, da Universidade Católica de Luanda, por exemplo) e avança gente de cá (os eternos Vítor Ramalho e José Ribeiro e Castro). Mas também vem gente do MPLA, João Almeida Martins, secretário do Bureau Político desse partido para os Assuntos Políticos e Eleitorais. E mais gente que apetece ouvir em função do que se vai sabendo desse grande país que, como outros também tem gente pequena – Sarah Wykes (da Global Witness), Muatchissengue Wa Tembo (Rei da Lunda – Tchokwé), o padre José Belo Chipenda...

E como se não bastasse, a Questão de Cabinda.

Sim, a questão de Cabinda, território onde em vão se tem alertado para o que de pior acontece.

E quem vem de Cabinda? Precisamente o governador, o dr. José Aníbal Rocha, embora a confirmar, o eng. Agostinho Chicaia (presidente da Associação Cívica de Cabinda) e o padre Raúl Tati (Vigário-Geral da Diocese de Cabinda).

NV amiúde ouvem embaixadores acreditados em Lisboa afirmar que a capital portuguesa é um observatório imprescindível relativamente a África. Estamos em crer que as comunicações e debates da Fundação Soares não lhes irá escapar. Outrora, já lá vão muitos anos... as Necessidades enviavam um adido, um secretário de embaixada, alguém sempre para «registar». É um hábito perdido porque os hábitos perdem-se em duas situções: quando se sabe tudo e quando não se quer saber de nada.

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