O senhor Pedro Amorim que apenas conhecíamos do relatório de peritos relativo à aquisição de bens por via electrónica pela Administração Pública, mandado publicar por Guterres em 2001, (o tal relatório em que um dos peritos diz que, ausente de Portugal, «não assina, mas manifestou total concordância»...)pois o Senhor Pedro Amorim acaba de dar nas vistas pelo lado pior que um homem pode apresentar – o da difamação.
De uma assentada, difamou o Jornalismo e difamou este novo meio de comunicação que a internet proporciona, estes virtuais rolos de papiro que, tal como os antigos, voltam a enrolar o que se vai escrevendo sobre deuses e sobre diabos, diga-se, mas que a maioria dos novos escribas pretende que corresponda a imagem de paz, de crítica sã e com a qualidade das coisas sagradas. È verdade que também há de tudo, mas como em toda a História da Comunicação salva-se o melhor porque a posteridade é feita pelo que de perfeição requer e exige.
Não pensa assim o Senhor Pedro Amorim que ainda não se sabe se fala em nome da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) ou se fala em nome próprio. Se por acaso fala em nome da Autoridade – e será bom que Eduardo Dâmaso explique rapidamente isso – o caso é grave. Grave, passível de debate e de escrutínio. Mas se o Senhor Pedro Amorim fala em nome próprio, se emitiu uma opinião meramente pessoal, então, que havemos de fazer de um difamador, para mais vivendo, ao que parece, com uma cabeça reduzida de António Ferro em disfarçado implante no ombro direito? Pois, nesse caso, deve enfrentar-se a cabeça reduzida de António Ferro e não tanto o senhor Pedro Amorim.
Havemos de voltar ao assunto, uma, duas, as vezes que se justificar mas, para já e para que conste fica arquivado em Notas Formais o essencial das declarações do Senhor Pedro Amorim divulgadas pelo Expresso Online.
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