16 junho 2004

Briefing da Uma. Cesário. Concurso/novos diplomatas. Imagem de Portugal

Briefing da Uma. «Lá onde começam as dignidades, a sinceridade emudece», não é isto o que Denis Fonvizine dizia?

1 – Cesário. Austrália e Londres.
2 – Concurso de ingresso
3 – Trabalhadores dos Consulados e Missões Diplomáticas

1 – (Cesário vai à Austrália fazer o quê? E vai fazer o quê a Londres?) - «Oficialmente nada foi disto sobre esta nova viagem do Secretário de Estado José Cesário, aguardando-se que a Agência Lusa apresente como novo o que não é novidade, como vem sendo hábito. Sobre a deslocação a Londres que remata mais uma volta ao mundo por Cesário, podemos no entanto adiantar que vai inaugurar o "novo" Consulado de Portugal em Londres, o qual simplesmente mudou de instalações porque as anteriores chegaram ao termo do contrato há muito tempo... Além disso, estranha-se que Cesário vá inaugurar um "novo consulado" que já reabriu e recomeçou a atender público no passado dia 1 de Abril! Mas como sabe, Portugal gosta de inaugurar o que está inaugurado ou que não precise de inaugurações. É um velho hábito da Pátria e Cesário alimenta a tradição. Os senhores se não sabem ficam a saber que Portugal já teve um Presidente da República (Américo Tomás) que inaugurou as lavandarias do Hotel Sheraton (Picoas) e até… as escadas rolantes da estação do Metro do Parque Eduardo VII! Inaugurar uma mudança de instalações consulares em Londres é até um acto mais nobre.»

2 – (Como vai o concurso para admissão de 30 novos diplomatas?) - «Quanto a esse concurso, apenas foi publicado o Regulamento e a lista de temas. Falta o Despacho ministerial de constituição do júri, o Despacho ministerial de aprovação de abertura do concurso e, claro, o Aviso de abertura do Concurso. De facto, nada justifica o retardamento.»

3 - (Como se explica que o Estado Português não tenha resolvido há muito a questão da segurança social dos trabalhadores dos Consulados e das Missões Diplomáticas?) - «Infelizmente não há explicação. Há casos verdadeiramente escandalosos e que, a não serem resolvidos com urgência e eficácia, colocam muito mal a imagem de Portugal. A falta de diálogo por parte dos decisores do MNE tem sido gritante. Este é um assunto que – justifica-se – vai ter desenvolvimento fora destes briefings. Por favor, estejam atentos.»

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