Dos leitores. O demantelamento referido por CVN.
«No seguimento da preocupação que tem vindo a demonstrar pelo Camões, gostaria de chamar a atenção de V. Exa. para uma das áreas mais importantes importantes da actuação do Instituto Camões (IC) e que está a ser desmantelada: a Divisão de Edição, Documentação e Equipamentos (DEDE).
Esta Divisão, que conta, para além da sua Chefe de Divisão, com 12 colaboradores (3 do quadro, 3 com contrato de avença e 6 tarefeiros), tem a seu cargo diversas tarefas, entre as quais:
• o apoio à edição de obras de autores portugueses ou obras sobre cultura portuguesa no estrangeiro;
• a produção e comercialização de edições próprias do Instituto;
• a edição da Revista Camões;
• a selecção e aquisição de materiais sobre língua e cultura portuguesas e sua distribuição no estrangeiro;
• o envio regular de jornais e outros periódicos a estruturas do IC no estrangeiro, assim como a um número considerável de Lusitanistas;
• a expedição via Mala Diplomática de diversos materiais para o estrangeiro, como por exemplo bibliografia, equipamento informático, mobiliário, etc;
• a gestão do acervo bibliográfico do IC e respectivo armazém;
• a realização de diversas exposições e mostras bibliográficas.
Após auditoria ao IC, a Inspecção-Geral da Administração Pública afirma em relatório: “Constata-se um bom grau de organização do trabalho, que se revela na tipificação dos documentos e dos processos, na definição de regras clarificadoras de circuitos e nas bases de dados de apoio. Memorandos da Divisão denotam grande preocupação com a articulação tendente ao não desperdício de edições, ao conhecimento das existências e ao controlo dos gastos de expedição. Os envios de documentação para o exterior encontram-se bem documentados. (…) A DEDE encontra-se bem organizada.”
A Presidente do IC vai dispensar a Chefe de Divisão, por ter já quem ocupar o seu lugar, e, com base neste mesmo relatório, vai dispensar os 9 colaboradores desta Divisão que não são do quadro.
Este serviço, com bastante importância dentro do IC, como se pode perceber, vai ficar paralisado. A situação preocupa todos, inclusive os colaboradores do IC no estrangeiro e pessoas amigas e interessadas no Camões.
O que se pretende com esta atitude?
CVN»
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