Pelo menos nesta semana, primeira parte do Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, se a CPLP fez alguma reunião informal não se sentiu. Formalmente nenhuma fez, apesar de ter o estatuto de observador junto da Assembleia Geral que não usa ou não tem interesse em usar. O Brasil está noutra onda, Portugal tem a onda que se sabe, os africanos não querem levantar ondas e não se pode exigir a Timor-Leste que faça, promova e organize o que os outros não querem, além de que São Tomé está longe de dar pretextos para prestígio. A Francofonia, por exemplo, não perdeu a oportunidade e conseguiu convencer o próprio Kofi Annan a render-se aos prazeres da mesa convidando-o para figura central do Banquete da Francofonia (ver a bela peça do discurso, na íntegra, em Notas Formais). A CPLP nem sequer um pequeno almoço fez e nas agendas oficiais à margem da Assembleia Geral nem sequer uma única vez consta.
O estafado argumento segundo o qual «a CPLP é uma organização jovem» não colhe e já cansa. Na verdade a CPLP, como estrutura político-diplomática e como autoreclamada organização multilateral, continua invisível, ausente e subsumida da cena da política internacional, perdendo mais uma vez, em Nova Iorque, a oportunidade da sua prova de vida.
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