Os partidos, sobretudo os dois que estão na calha do poder (para não falar nos respectivos apêndices de recurso para coligações), não há meio de perceberem que um programa eleitoral ou um projecto para o exercício do poder que almejam, não é nem pode ser um ensaio, uma explanação de teorias, uma tese de mestrado, um brilharete de conceitos, enfim, uma explicação aos pobres iletrados dos eleitores… Os partidos não há meio de perceberem que traçar um rumo para um País que precise de um rumo ou que precise de confiar/acreditar num rumo, não é o mesmo que atirar para o ar aquilo que é óbvio e que a auto-confiança (tens razão José Gil quando te insurges contra esse titânico conceito da auto-estima que cheira a metano!) não se ganha com propostas imperiais de afirmação no Mundo para compensar a pobreza do óbvio. Em matéria de política externa assim é; em matéria de acção diplomática, é assim, e a Europa já é demasiado alargada para que continue a ser apresentada como uma manta para esconder o que convém e para ameaçar com o que não convém.
Um governo, um ministro das Necessidades, é para governar, para fazer, para construir e não para dar aulas teóricas. As aulas já cansam.
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