1. Baixa política de chancelaria
2. Jeovás de embaixada
3. Banguecoque

(Pode citar as missões a que se refere?) - «Não vamos identificar a meia dúzia de chefias de missões que estão a pisar o risco. O MNE tem uma Inspecção Diplomática e tem um Secretário Geral. Indaguem. A função de NV, por ora, é apenas alertar e convidar alguns desses embaixadores a porem a mão na consciência que certamente têm.)
2. (Há muito tempo que NV não se referem à eternização de titulares de certos cargos não diplomáticos no estrangeiro. Monteiro resolveu esse assunto?) - «Não resolveu nem se lhe podia exigir que tivesse resolvido em pouco mais de seis meses. Na verdade, há cargos a serem desempenhados pela mesma pessoa e no mesmo local, há dezenas de anos, de tal forma que já não se sabe se os vícios são a causa ou são o efeito… Na área admistrativa, o assunto pode ser relativamente contornado e avaliado pela conveniência mas quando a função é susceptível de interferir nas políticas e na aplicação das políticas, pode sugerir complicações insanáveis, como o caso dos conselheiros técnicos. Alguns destes conselheiros que já viram desfilar seis e sete embaixadores, bem podem ser considerados Jeovás das Embaixadas, figuras portanto anquilosadas por inexplicáveis eternidades e que tratam das matérias como verdadeiros patrões bíblicos.»
(Pode citar casos concretos?) - «Basta confrontar o Anuário Diplomático de 1995 com o que o último e célebre Anuário elaborado por Martins da Cruz. Na verdade, se o Anuário da diplomacia portuguesa fosse anual, a eternidade dos nossos jeovás de embaixada não duraria mais de cinco anos…»
3. (Afinal o que aconteceu em banguecoque?) - «Não hesitamos em reafirmar que o embaixador Lima Pimentel foi alvo de uma daquelas ciladas tão reles que até o reles corporativismo delas cedo se arrepende. O ministro António Monteiro teve uma actuação digno no caso, o mesmo não se diga do secretário de Estado da Cooperação que perdeu uma excelente ocasião para continuar a estar calado.
Sem comentários:
Enviar um comentário