Briefing da Uma. A primeira verdade que um conhecido embaixador jubilado disse no termo da carreira activa, foi esta: «Há três espécies de mentira: as mentiras, as mentiras piedosas e as explicações por escrito ao Inspector Diplomático e Consular».
1 – Cônsules, sejam mais comedidos…
2 – Peregrinos círculos eleitorais
3 – Funcionários dos serviços externos ou párocos?
1 – (Temos registado que há cônsules-gerais portugueses que mal assumem o posto se desdobram em declarações, pregações, avaliações e vaticínios… São instruções?) - «Não, não há instruções das Necessidades nesse sentido, mas de facto assim é, por parte de alguns. A vida e obra dos tolos, todavia, aconselha a que os cônsules-gerais sejam mais comedidos quando assumem os postos sobretudo quando os seus currículos pessoais e profissionais deixam muito a desejar, nomeadamente no ponto de vista ético. As asneiras já são tantas que a ninguém aproveita o espavento de mais asneiras. E não vamos entrar em detalhes…»
2 – (Os funcionários dos serviços externos, pelos vistos, estão a ser eleitoralmente assediados pelos partidos …) - «Em democracia ninguém pode nem deve impedir isso. Funcionários do quadro externo MNE, secretários e ex-secretários de Estado das Comunidades Portuguesas ou mesmo directores de jornais que se dizem especializados na emigração como se isto fosse uma especialidade, são de facto vistos pelos partidos como bombas de sucção de votos. E têm razão – são bombas de sucção.»
3 – (Mais uma vez, fugiu à resposta, contornou, evitou com brincadeiras de palavras. Por favor seja concreto) - «Em que matéria deseja que sejamos concretos?...»
(… por exemplo no que diz respeito aos funcionários do quadro externo. Eles podem?) - «Claro que podem. O problema é que não há rotatividade e mobilidade nos locais de trabalho desses funcionários administrativos, alguns estão numa embaixada ou num consulado durante uma vida e por entre esses, um ou outro acaba por se transformar numa espécie pároco vitalício para não citar de episódicos casos de outras profissões mais antigas no mundo, do que não vem grande mal ao mesmo mundo, diga-se. O problema é quando um ou outro se deputa e delega para a mentalidade do dirigente, do líder e do condutor de massas. Não vamos entrar em detalhes…»
(Entre, entre lá nos detalhes!) - «Agora não. Oportunamente diremos das boas mas desde já fica claro: não temos medo nem receio de párocos consulares e muito menos de autoconvencidos condutores de massas por acaso beneficiários de inspecções consulares molengas do passado.»
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