Briefing da Uma. Wellington, ontem à noite, teria voltado a dizer: «Nada, a não ser uma derrota, é tão melancólico como uma vitória», mas também James Joyce voltaria a escrever: «Mais uma vitória como esta e estamos perdidos».
1 – Omissão da Política Externa…
2 – Abonos de diplomatas
3 – Diplomacia Cultural
4 – Próximo MNE
1 – (Não acha estranho que candidatos a Primeiro Ministro não falem da Política Externa?) - «Como os senhores sabem, Portugal habituou-se a reflectir de manhã até à noite sobre a gripe do jogador Káká, a hérnia do jogador Kéké, o entorse do jogador Kiki, a unha encravada do jogador Kókó e, coisa mais grave para a soberania portuguesa e para o Pacto de Estabilidade e Crescimento, a caimbra do jogador Kúkú – cinco jogadores que podem desde já substituir as cinco quinas como símbolos nacionais incontroversos. Estes, sim, para rádios, jornais e televisões e respectivos pensadores, são os verdadeiros problemas dos Portugueses. Lamentamos que os candidatos a Primeiro Ministro não se tenham pronunciado sobre esses cinco graves problemas, à vista dos quais a Política Externa não é nada, absolutamente nada.»
(O senhor está cáustico e irónico…) - «O que esperavam?»
2 – (Ontem à noite, na rubrica 'Hora Zera', Notas Verbais dão conta dos abonos de representação e de habitação para o lugar vago no Consulado em Versalhes e anunciam, para esta noite, a revelação dos montantes para os lugares também abertos para os Consulados-Gerais em Genebra e em Hamburgo. O que é que isso quer dizer?) - «E quando ou se essa rubrica chegar à Espanha, designadamente para os lugares vagos na Embaixada em Madrid, no Consulado-Geral em Sevilha e no Consulado em Bilbau, os senhores vão ver como a compensação é maior! O Estado Português aguenta tudo.»
3 – (Não seria interessante que o Instituto Camões fizesse o balanço da sua actuação neste últimos meses e anos?) - «O senhor refere-se à diplomacia cultural?»
(Exactamente.) - «Mas isso há? Aliás, houve alguma vez?»
4 – (António Vitorino diz que declina o lugar nas Necessidades…) - «A declinação é um conceito astronómico mas também pode ser um conceito de gramática latina – como se sabe António Vitorino declina as palavras como no latim, pelo que se deve estar extremamente atento à última sílaba de que depende saber-se se o caso é acusativo, genitivo, dativo ou mesmo ablativo… O que se afirmou em NV, mantém-se – Sócrates não anuncia MNE porque não tem MNE, por agora tem um pentágono de disponíveis para declinação: António Vitorino, Maria Carrilho, Luís Amado, José Lamego e Nuno Severiano Teixeira.»
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