Sim, um DIRECTOR-GERAL do MNE ganha 3000 euros mensais.
Uma SECRETÁRIA (há poucos ou quase nenhuns secretários...) contratada num posto de segunda grandeza e num país com custo de vida muito abaixo do de Portugal ganha 2460 euros mensais, com direito a 13º e 14º mês.
Num posto com essas mesmas características (onde os salários mais baixos ficarão por entre os 1300 e 1500 euros, um VICE-CÔNSUL (que apesar do título não é da carreira, portanto não é, nem de longe diplomata) pode chegar aos 8000 euros, muito mais do que um Cônsul, sempre diplomata de carreira e hierarquicamente colocado acima dessa figura do vice e que, para segurar os galões, se socorre dos abonos (de representação e de habitação) por sua vez atribuídos por critérios arbitrários e, por vezes, mais do que duvidosos. Em matéria de vice-cônsules, há reformas de oiro.
Enquanto isto, as FUNCIONÁRIAS ADMINISTRATIVAS, melhor dito, as funcionárias do QUADRO ADMINISTRATIVO DO MNE (são quase todas mulheres, não por vitória do género, mas por exploração sempre no mesmo género...), não têm férias pagas, quandomcolocadas no Monistérios (os tais «Serviços Cenatrais») têm salários da ordem dos 750 Euros em média e no estrangeiro o pouco mais que recebem será para a renda da sua casa e viagens a Portugal, quando podem.
Assim se compreende, o motivo pelo qual os beneficiados por esta situação espúria nos postos externos e que são equiparados a funcionários públicos, não querem «pertencer ao quadro» porque neste «quadro», SE FOSSE CASO DE SEREM CHAMADOS AO MNE, iriam auferir os salários de miséria que, em Lisboa, o MNE paga aos funcionários, o mesmo MNE que paga principescamente lá fora aos equiparados...
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