23 janeiro 2006

Corredor de espera para Belém. Não há cunhas, mas há lobby

Então aguardemos calmamente os nomes dos colaboradores directos de Cavaco em Belém, designadamente, nas matérias que nos interessam, quem vai chefiar a Casa Civil, quem vai integrar a Assessoria para as Relações Internacionais e quem vai protagonizar a nova assessoria para as Comunidades Portuguesas prometida pelo Presidente eleito.

Naturalmente que Cavaco já tem nomes pensados – não se parte para uma eleição desta envergadura apenas com mandatários, comissão política e comissão de honra, parte-se com um quadro de potenciais colaboradores directos já previamente desenhado e testado na maior das reservas e guardado sob a pesadíssima pedra do sigilo condicional. Apenas quem tinha a certeza de que iria perder ou, por outras palavras, quem nunca teve a ilusão de que poderia ganhar, é que obviamente se dispensou desta maçada e se esse era o caso de Garcia Pereira não foi o caso de Cavaco. Até 9 de Março, o apalavrar com o chefe da Casa Civil , assessores , consultores e adjuntos é uma questão de pró-forma.

Cruzando alguns ecos com o tom de quem já falou (e até falou demais revelando-se mais cavaquista que o próprio Cavaco) não é difícil prognosticar quem irá guiar a Casa Civil, mas aguardemos calmamente.

Também não é difícil, por uma dupla questão de género e de lobby, imaginar quem se perfila para francamente encabeçar a Assessoria para as Relações Internacionais, sendo os dois tradicionais consultores e o eventual adjunto questões de pormenor. Aliás, está nos pormenores o que alguns embaixadores mais temem.

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