19 fevereiro 2006

Diplomatas em França... De facto...

Desconhecemos o que o embaixador Rosa Lã poderá dizer quanto a isto, mas a carta do Presidente da Federação das Associações Portuguesas de França (José Machado) dirigida ao MNE, é digna de correio azul para o gabinete. A carta, publicada na íntegra em Notas Formais, seguiu com um título sugestivo. Transcreve-se o título e a abertura - andante con moto, diriam os músicos.

Eis:

Dia Mundial dos Migrantes
OS DIPLOMATAS COM A "GRIPE DAS AVES" ?

Exmo Senhor Ministro dos Negócios Estrageiros,
Prof. Diogo Freitas do Amaral,


Com um pouco de humor, como o título deixa transparecer, não pode a nossa Federação deixar passar sem um severo reparo, a injustificável ausência de qualquer diplomata português em França (Embaixadores, Cônsules ou outros altos funcionários) aquando da comemoração do Dia Mundial dos Migrantes, iniciativa que a nossa federação levou a cabo, na cidade de Argenteuil (França), no dia 17 de Dezembro p.p., em colaboração com a associação portuguesa local "Agora" e com o apoio da autarquia francesa.

Realmente, é justo perguntar se, nesse fatídico dia, os nossos Embaixadores (em França e na UNESCO), os nossos Cônsules e os altos funcionários que por vezes os substituem nestes actos públicos, não teriam sido TODOS contaminados com esse terrível mal que hoje tanto preocupa as populações : a gripe das aves ?

Será justo considerar possível uma tal eventualidade, jà que todos esses organismos oficiais portugueses (Unesco, Embaixada, Consulado) foram atempadamente convidados e informados do evento. Ninguém disponível, nem ninguém para os substituir !

(...)

O humor, por vezes, ajuda a suportar as humilhações, como essa que os dirigentes da nossa Federação e outros dirigentes associativos portugueses “engoliram”, ao constatarem a total ausência de diplomatas portugueses, enquanto outros países convidados se fizeram representar, com representantes das suas Embaixadas, Consulados e estruturas associativas.

Passamos uns momentos de vergonha, depressa ultrapassados, jà que fizemos nós o papel dos diplomatas, explicando aos numerosos representantes dos outros países (Espanha, Polónia, Turquia, Marrocos, Tunísia, Argélia, etc ... ), como estava organizado o Estado Português, na sua componente dedicada às comunidades (MNE e SECP), como se processava o apoio oficial aos projectos e acções levados a cabo pelo movimento associativo (DGACCP) e como estavam representadas as comunidades junto do governo português (CCP, Federações).


(...)

Segue em NOTAS FORMAIS)

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