Prosa não assinada, no Semanário Angolense (edição de 21-28 de Janeiro, Pág. 17), sem reacção do Embaixador de Portugal em Luanda, para já , ao que se conhece. Portanto, o caso vai para três semanas.
Trata-se de um ataque directo à pessoa do representante diplomático português, Xavier Esteves, que precisamente nessa qualidade de representante, é descrito como se fosse um inimigo de Angola e dos Angolanos, e como se as representçãoes de Portugal em Luanda fossem centrais de operações contra Angola e contra os Angolanos. Os termos usados pelo jornal mereceriam a adequada e pronta resposta, por certo a oportuna iniciativa legal (Angola tem leis e entre elas não consta a lei da selva) e, acima de tudo, mereceriam das duas uma - a sanção ou o benefício do esclarecimento. O ataque à figura do embaixador português sai fora dos eixos. Mas é inusitado que uma representação diplomática fique calada perante a violência e a agressividade do Semanário Angolense. Em Portugal, se algum jornalista ousasse escrever coisa mesmo que remotamente semelhante sobre algum Embaixador de Angola, por certo o caso não ficaria por aí. Independentemente dos motivos e das razões. Que se diga tudo o que se sabe ou se vai sabendo, está certo, certíssimo. Mas sem baixeza.
Sob o título interrogativo «Por quanto tempo teremos de levá-los às costas?» - por certo numa referência aos portugueses - , o artigo diz por exemplo isto do Embaixador Francisco Xavier Esteves: «É que em todos estes anos de relacionamento de Angola com Portugal nunca se viu um embaixador tão desastrado quanto o nosso Esteves».
Prosa malcriada de angolanos. Silêncio português inexplicável .
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