
Sabe-se agora que alguém se esqueceu desse pormenor fundamental. Um esquecimento qualquer pessoa tem, mas quando se trata de posição declarada em nome do Estado, há pelo menos o dever de reconhecer que houve esquecimento e que este esquecimento não foi deliberado. Toda agente aceitaria. Mas o assunto está gasto e, na boa tradição de Esopo, a fábula mostra que, quando numa posição de Estado que é acordada entre chefe do Governo e responsável pelos Negócios Estrangeiros, o parágrafo fundamental fica no tinteiro, um esquecimento desse grau retira legitimidade a que se diga «Portugal lamenta e discorda...» Portugal apenas lamenta é o esquecimento do parágrafo e só discorda por se ter deixado o fundamental no tinteiro.
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