Na folha oficial, hoje por exemplo, foram publicados 22 Avisos respeitantes a tramitação de instrumentos multilaterais. Há dois dias tais avisos foram umas três dezenas, cada dia ao longo da semana passada assim tem sido, e na semana anterior a mesma cadência, pelo que desde há um escasso meio-mês foram já centenas de publicações de tais avisos dando por cumprido no plano interno a vigência de tais instrumentos diplomáticos, alguns até importantes com atraso de anos e anos – quatro, cinco, alguns mais. Será este um ciclópico mas também discreto trabalho, que já data de Outubro, Novembro e Dezembro do ano passado, e que apenas agora se revela. Esta corrida contra o tempo, faz lembrar uma fábula...Trabalho em grande parte da responsabilidade de Mário Miranda Duarte (Organizações Políticas Internacionais), de João Patrício (Organizações Económicas Internacionais), por aí fora... para não se sublinhar aqui o papel do malogrado mas sempre bem lembrado e competente António Monteiro Portugal. Espelha, sem dúvida, que Freitas do Amaral, nas matérias multilaterais a que desde início como MNE conferiu prioridade, está a pôr a escrita em dia. O que é positivo. Já conhecemos muitas lebres no MNE, mas que, como na fábula, chegaram sempre depois da tartaruga.
A chancelaria portuguesa estava e está com fama de deboche no terreno estritamente diplomático – a fama de falar muito e por vezes bem, mas não escondendo uma enorme lassidão (tipo fado cantado depois de bom cozido à portuguesa) nas responsabilidades e obrigações internacionais. Nem boas tartarugas nem melhores lebres se aguentam com tal fama.
Em tais trabalhos de casa, ponto positivo para Freitas. Nesta matéria, Portugal saúda e concorda.
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