23 março 2006

António Monteiro volta a Paris. Um hiato que reforçou perfil

Madrid passou. O embaixador António Monteiro reassume a chefia da embaixada de Portugal em Paris de onde saíra nomeado surpreendentemente para Madrid, mas, em vez da acreditação na capital espanhola, acabou por fazer um hiato com a passagem difícil pelo governo (MNE)de onde saíu politicamente incólume, e, por meses, com o desempenho de missão na Costa do Marfim como representante especial de Kofi Annan, averbando com isso items de peso para o currículo. António Monteiro já está em Paris e já está a actuar em Paris. Em mensagem publicada pelo Luso Jornal, Monteiro fez questão de garantir que tudo fará para «sempre fazer chegar a voz da comunidade portuguesa e dos luso-descendentes aos mais diversos níveis de representação do Estado francês, bem como ser o seu activo representante junto das autoridades portuguesas». Oxalá outros embaixadores, noutros países com comunidades, conseguissem, sem caírem no ridículo, dizer palavras como essas que, naturalmente, são sempre bem recebidas pelos destinatários, num começo de missão ou de recomeço com sabor a começo - o episódio de Madrid está já longe.

Será então desta que diplomatas portugueses em França deixam de andar de Ferrari mesmo quando vão a bairros problemáticos? Ao menos, de Lótus.

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