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Via primeira. Essa pessoa do gabinete garantira que «não é verdade que o Governo luxemburguês pague a renda do Instituo Camões» e que o edifício seria propriedade do Estado luxemburguês que o teria cedido a Portugal para as actividades do IC. Dito isto, seria de pensar que a gente acredita, tanto mais que tal garantia foi prestada à Agência Lusa, na sequência de uma pergunta da deputada luxemburguesa Claudia Dall'Agnol, que lá, no parlamento luxemburguês, quis saber qual a razão pela qual a decisão de Lisboa em exonerar o director do Centro Cultural do IC não foi comunicada ao governo do Grão-Ducado quando é este que paga a renda do edifício...
O (excelente) jornal Contacto foi saber e apurou junto da Comissária para os Estrangeiros no Ministério da Família e da Imigração do Luxemburgo, Christiane Martin que o governo daquele país paga efectivamente 4,826 euros de renda mensal pelas instalações no boulevard Royal - é inquilo. Portanto, o Luxemburgo paga a renda do Instituto Camões, confiado no bom cumprimento de um protocolo celebrado com o Estado Português (1999), obrigando-se este a nomear e manter o director do Centro, director que... foi agora exonerado.
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No mínimo, o MNE devia ter informado previamente o Luxemburgo - DFA, excelente jurista, sabe que devia ter sido assim. E acima desse mínimo, civilizadamente pois, devia Portugal ter cumprido a letra e o espírito do protocolo, cumpri-lo à europeia e não à africana - DFA, experiente político, devia também saber que uma coisa é despachar para o Benelux e outra considerar o Luxemburgo que não alugaria instalações para um centro a funcionar sob direcção de raids culturais no Benelux. Não ficamos bem vistos, no mínimo.
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