"O seu post de ontem tem um voto piedoso que eu subscrevo (transparência nas colocações) mas contém também um erro: não existe nenhuma regra escrita que obrigue, quem vem de um posto A, a ir para um posto C.
"Existirá (dirão alguns, para despistar) uma prática costumeira, mas que se aplica a uns e não a outros (se não, pegue V. nos CV dos "notáveis" da casa - a começar pelo SG - e veja lá quantos postos C eles já fizeram...
"Caro NV, a realidade dos factos é a seguinte: cada vaz que há um concurso para, digamos, 30 adidos, 20 são "cooptações" (parentes e amigos de diplomatas, com mais ou menos mérito) e 10 são os outros, a quem é dado o prazer e a honra (por exclusivo merecimento próprio, assinale-se) de se juntar aos bem-nascidos, e que são supostos ir para onde os primeiros não querem ir...
"A ausência de regras facilita tudo: os bem-nascidos saltitam de A em A (com eventualmente um C, mas como chefes de posto) enquanto os outros vão para C's e depois são premiados com um A... consular, que é coisa indigna para filho de Embaixador...
"Permite-me um conselho, caro NV: leia bem, com olhos de ler, o Anuário e cônjugue apelidos com perfis de carreira: está lá tudo!
"Conclusão: a carreira diplomática é um serviço privatizado (desde há muito, de resto) da administração central: o contribuinte paga, e os nobres escolhidos divertem-se - tal como no século XVIII...
NV: o nosso "erro" foi para suavizar.
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