20 abril 2006

Passeios e conversas. Enganos de Estado

Real nudez. O problema é que cada um, tal como o outro ou mais do que o outro, tem uma concepção de pífia realeza da política externa e uma postiça ideia majestática da representação ou da acção do Estado no exterior. O sigilo inútil, o segredo dispensável, a reserva encenada, a confidencialidade ridícula e a dissimulação que apenas engana o Estado, são características do rei que vai nu e que sem dar pela nudez vai como rei - o que, já de si, é malsão numa monarquia constitucional, quanto mais numa república de algumas cabeças onde nem sequer estalou o 5 de Outubro e muito menos estalaram outras datas.

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