11 abril 2006

Roma e Vaticano. Diplomáticas nuances

Escolástica de abonos. Na velha filosofia escolástica, tão ao gosto da diplomacia que se pratica junto da Santa Sé mas também no goto da que se prossegue, ali ao lado, na Cidade Eterna, usava-se um chavão em latim - Post hoc, ergo propter, ou, A seguir a isto, portanto por causa disto... Usava-se o chavão para assinalar o erro de se tomar como causa o que era simplesmente um antecedente no tempo. Ora vejam:

  • O secretário que irá preencher o lugar na Embaixada junto da Santa Sé, vai receber de abonos 7.484,47 €, sem direito a abono de habitação pois vai para casa do Estado, ficando com aquela verba limpa. Para trabalho igual, se o escolhido for conselheiro, este receberá 8.860,91 €...

  • Ali ao lado, em Roma, diplomata da mesma categoria de secretário e para idêntico lugar na Embaixada na Cidade Eterna, vai receber menos: 6.950,98 € a que se acrescenta o abono de habitação de 2.108,47 €... pelo que terá de alugar um T-Zero para não ficar descompensado do homólogo.

  • Post hoc, ergo propter, os abonos para o Vaticano devem ter como causa a compra de velas e ofertas de missais à Guarda Suíça.

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