"A Comunidade Internacional apoiou a criação por parte do povo timorenses do novo Estado, eleições democráticas sancionaram um governo, cujo mandato se concluiria em 2007. Assistimos à fragmentação das forças armadas, à dissolução real da polícia, ao saque dos tribunais.
"O que se passa nas ruas de Dili é apenas resultado da conduta política dos mais destacados dirigentes timorenses, que têm uma responsabilidade moral não só perante o seu próprio povo mas também perante a Comunidade Internacional. Derrubar Governos pelo apoio ou complacência a facções dissidentes das forças armadas, a detenção e fuzilamento de agentes das forças policiais, é uma prática inaceitável.
"Ao Governo de Mari Alkatiri poderão ser apontadas todas as críticas- incluindo o erro de nomear para lugares essenciais na ordem interna personagens como Rogério Lobato ou David Ximenes, a falta de flexibilidade e capacidade para o diálogo, a auto-suficiência e alguma inclinação para o autoritarismo que apenas justificariam um quadro de luta política democrática e dentro das instituições de Estado.
"Timor Leste ainda merece que os seus responsáveis, políticos e religiosos, tão estimados pelos portugueses, se destaquem pela generosa construção de um Estado emergente democrático, viável e estável. Infelizmente os passos dados desde os últimos meses levam a cobrirmos Dili com os mesmos lençóis de Monrovia, Freetown e Mogadiscio.
"Que isto seja dito abertamente"
NV: Estamos atentos a Timor. É oportuno reler as matérias da última viagem de Sampaio. E não só, para perturbação de Carneiro Jacinto.
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