Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
30 junho 2006
Exoneração de Freitas. Nem foi novidade, o fecho éclair
Esperada. A exoneração de Freitas, depois de tudo e à excepção do diagnóstico clínico das cervicais esta tarde minuciosamente revelado como se fosse matéria de política externa e que mereceria a dignidade do recato que a intimidade exige, a exoneração não foi novidade. Com as reservas e críticas dos diplomatas ao PRACE e o processo nada transparente das promoções; com o desprezo destinado aos trabalhadores dos serviços externos e com os pés pelas mãos em matéria de conselheiros/adidos, mas sobretudo, políticamente, com o deixa andar intervalado com manifestações secundárias de aristocracia intelectual em matéria de UE ; com a lassidão e algums duvidosas conivênciaas em matéria de África (já há diplomacia paralela na questão de Cabora Bassa e no caso de Luanda foram erros de palmatória); com o cruzar de braços face ao desastre da CPLP (uma das prioridades de acção para este governo) ; com os fracassos na ONU (no Conselho dos Direitos Humanos, por exemplo, em que não soube retirar-se a tempo); com a anemia diplomática no caso de Timor (há cinco, seis meses devia ter enviado uma missão de alto nível em vez de chorar sobre o leite derramado com aquele ataque à diplomacia de canguru como é a da Austrália)e por aí fora, Freitas do Amaral não tinha outro caminho, e, pela forma como o fecho éclair das presidenciais se fechou, também não teria outro pretexto a não ser as cervicais.
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