18 julho 2006

Certificado de habilitações. Com um Oxalá, oportuno arabismo

A seco e na íntegra. Um antológico louvor redigido por Freitas do Amaral, a 30 de Junho, antes de sair e que até parece mentira. Leiam e meditem neste certificado de habilitações:

Louvor n.º 558/2006

Louvo o Dr. António Carneiro Jacinto, meu assessor com as funções de porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, durante todo o período em que fui Ministro.

No exercício dessas funções, quer em Lisboa quer nas dezenas de viagens em que me acompanhou ao estrangeiro, revelou possuir invulgares qualidades de profissional da comunicação social, aconselhamento político, lealdade institucional e simpatia pessoal, que em muito me ajudaram no desempenho do meu próprio cargo.

Com longa e madura experiência, quer do jornalismo em órgãos de comunicação social de referência quer da informação pública junto dos mais altos órgãos do Estado, contribuiu decisivamente, não apenas para dar a devida projecção pública à política externa que me coube conduzir, mas também para responder a dezenas de pedidos de informação diários, que choviam sobre ele de todos os lados, versando desde os mais altos temas da política internacional até às questões meramente individuais (embora por vezes dolorosas) relacionadas com a vida quotidiana de Portugueses no estrangeiro.

O Dr. Carneiro Jacinto, por ser também esse o seu modo de pensar, ajudou-me de forma competente a exercer o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros com a dupla vertente que ele deve assumir—o da acção de política externa e o da explicação dessa acção na ordem interna. A ele se deve, fundamentalmente, o facto de, contra velhos hábitos nacionais, a política externa ter sido, durante este período, divulgada, debatida e aprofundada. Foi um excelente exercício de cidadania, que o País lhe fica a dever.

Oxalá o futuro lhe continue a ser propício, como amplamente merece.

30 de Junho de 2006. — O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Pinto de Freitas do Amaral.

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