25 julho 2006

Fiasco de Doha atinge o Brasil. Portugal lamenta

Revés. Naturalmente que, com o fiasco da Agenda de Doha para o Desenvolvimento – adiando por tempo indeterminado o desmantelamento de barreiras agrícolas e industriais - os acordos bilaterais passam a estar na mira do sector privado. No Brasil, por exemplo, em que a agropecuária lamentou de imediato o acesso aos mercados europeus. O agronegócio brasileiro calcula que deixará de exportar uns dez biliões de dólares, correspondendo a um quarto das exportações nessa área. O governo do Presidente Lula que apostou em cheio na Agenda de Doha, pelo que a diplomacia brasileira não concluiu qualquer acordo bilateral significativo para os exportadores brasileiros, sofre assim um revés enorme, apressando-se o chefe da chancelaria, Celso Amorim, a dizer agora que o Brasil «pode e deve» retomar a negociação com a União Europeia. Mas se o fizer a sós, e o Mercosul, o contexto Mercosul??

Pelas bandas de Portugal, lamenta-se: «Lamentamos que, mesmo perante uma negociação mais limitada, outros parceiros não tenham conseguido demonstrar idêntico nível de ambição, tanto no que respeita ao acesso ao mercado de produtos industriais como no apoio interno à agricultura», diz o MNE em comunicado oficial, hoje que não é tarde, mas não cita quais são os parceiros inflexíveis, não se vendo prejuízo em que o fizesse.

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