O saber prudente. Na primeira entrevista de fundo, como MNE, Luís Amado recolocou
sagesse na imagem das Necessidades. Linha a linha, toada a toada. Claro que também mérito das jornalistas
Teresa de Sousa (
Público) e
Marina Pimentel (
Rádio Renascença), mas, como se sabe, numa entrevista, o principal actor é quem responde, dependendo o desempenho da
verdade com que representa - um Ministro de Negócios Estrangeiros representa ou deve representar sempre, pois mal está um MNE quando, em vez de representar, se apresenta ou, tanto pior, apenas se apresenta e quando fala até parece que está a comer o mundo. Sobre a Europa - que foi o pano de fundo da entrevista com as sombras chinesas do Médio Oriente - , Luís Amado teve a frieza que se exige ao médico que faz o diagnóstico, revelou a precaução que só agiganta a força moral de uma pequena ou média chancelaria, usou a prudência dizendo a verdade essencial sobre o que há para dizer sem deixar que a moral, alguma moral qualquer, contamine a argumentação político-diplomática, porque quando a contamina, aí temos o cinismo de autoridades morais que se invocam a si próprias em vão. Numa palavra -
sagesse.
Sem comentários:
Enviar um comentário