Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
04 julho 2006
Protagonismos & omissões. Sócrates acerca de Freitas
Filtro. Naturalmente que Sócrates afirmou sobre Freitas do Amaral que «É justo reconhecer, de modo especial, o seu papel determinante no sucesso de Portugal nas negociações das perspectivas financeiras da União Europeia, tão importantes para o futuro do País». Mas não terá sido mais determinante, não só o trabalho da linha avançada de Portugal em Bruxelas, designadamente o de diplomatas e técnicos da REPER (Mendonça e Moura e sobretudo Manuel Carvalho), tal como o trabalho da secretaria de Estado e departamentos especializados dos serviços centrais? Foi. Muito teríamos gostado de que a acção de Fernando Neves não tivesse sido tão apagada, não por culpa de Fernando Neves, claro, mas por efeito do rigoroso e criticável filtro de protagonismos a que apenas a fidelidade a Sócrates, em muitas circunstâncias, facilitou a resistência ao filtro.
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