24 julho 2006

Sócrates/Chávez. Declaração controversa do primeiro-ministro

Bem, Sócrates terá garantido a Chávez «apoio total de Portugal» em caso de «qualquer momento crítico da Venezuela». Segundo a Agencia Bolivariana de Noticias em despacho de Minsk, Hugo Chávez se reunió este domingo con el primer ministro de Portugal, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, con quien abordó temas de interes social, energéticos y agrícolas. Até aqui tudo bem, coisas de circunstância apesar do significado político do encontro com Chávez, em escala por Lisboa rumo a Belarus para reuniões de identificação amistosa com o Presidente bielo-russo Alexander Lukashenko.

Também se aceitará ainda de circunstância, Sócrates qualificar al gobierno venezolano como un Estado amigo y legítimamente constituído – Sócrates não poderia nem deveria, ali na Portela, dizer o contrário, pelas regras de bem receber em trânsito.

Só que, ainda segundo a agência, el primer ministro destacó que en caso de cualquier momento crítico, Venezuela recibirá total apoyo de Portugal.

O que é que isto quer dizer? Sócrates disse isto? A que «momento crítico da Venezuela» Sócrates se refere para um cheque em branco do «total apoio de Portugal»? Se disse, disse-o apenas para a circulação interna venezuelana, sem pensar que o que disse jamais chegaria à opinião pública portuguesa, como não chegou?

Naturalmente que o primeiro-ministro tem toda a legitimidade de dizer o que pensa e como pensa pela forma que entender mais adequada. Seria no enetnato conveniente dizer se disse aquilo, e, caso tenha dito, explicar porque assim pensa.

É claro que, chegado a Minsk, o Presidente venezuelano não escondeu que en Belarús Venezuela tiene verdaderos hermanos que no pretenden ni colonizar, ni engañar, ni explotar e que Belarus pone por delante las satisfacciones reales de los pueblos y no los intereses capitalistas hegemónicos ni de Europa ni de los Estados Unidos, não se sabendo se abre excepção para Portugal, em função do que Sócrates terá dito.

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