Não é verdade. O Comité Angola holandês acorreu a apoiar o MPLA quando a União Soviética passou a cumprir os termos da Acta de Viena, assinada pelos representantes de Moscovo e de Washington junto da Conferência para o Desarmamento, e também pelo então MNE português Rui Patrício. Por essa Acta (divulgada na íntegra e em fac-simile, pela extinto semanário Réplica, em 1977) ficou acordada pelas duas superpotências a divisão de influências na África colonial portuguesa, ficando Angola na esfera norte-americana. Moscovo obrigar-se-ia a não fornecer armamento nem sobresselentes ao MPLA que, gradualmente, passou a ficar desarmado, o que era praticamente um facto quando estalou o 25 de Abril, com algumas patentes miltares portuguesas, a quem os termos da ACTA foram sonegados, a julgarem ter conseguido algum patamar de vitória - o honestissimo e corajoso general Silva Cardoso, em suma, prefere dizer que algo de inexplicável se passou - quando tudo já estava decidido e acordado, sendo apenas uma questão de tempo e de jeito. A Holanda entra nestas circunstâncias - aproveitou-se.
Algum dia, publicaremos aqui o documento.
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