Outorgas. Naturalmente que a política externa dispensa comício constante e até será razoável que não seja tratada como matéria de comício, nem a diplomacia deve estar na rua, depender da gritaria da travessa ou das pressões do beco, e muito menos actuar conforme o ajuntamento na praça. Mas isso não significa que a política externa não tenha que ser clara, clarificar-se com os acontecimentos e sobretudo acontecer - uma política externa que não acontece para além da estafada invocação das linhas gerais do programa de Governo, é óbvio que pode ser política mas externa é que não é. E a acção diplomática, se bem que tenha muito de segredo de Estado e deva andar de braço dado com o sigilo, não é toda nem sequer na maior parte segredo de Estado e muito menos obriga o sigilo ao celibato e ao retiro na Cartuxa de Évora. A acção diplomática que, por conveniência política, receio dos efeitos ou vergonha das causas, fuja dos cidadãos a quem diz respeito, poderá ser tudo menos acção, será inacção e torna preguiçosa a soberania de um Estado que por natureza e história já é inerte e vocacionado para outorgas. Vem isto a propósito das Necessidades estarem mais off que on. Houve um fogacho, a propósito da UE-Médio Oriente, pouco mais, ou mesmo nada mais de relevante, além de manifestas outorgas.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
15 setembro 2006
MNE mais off... ... que on
Outorgas. Naturalmente que a política externa dispensa comício constante e até será razoável que não seja tratada como matéria de comício, nem a diplomacia deve estar na rua, depender da gritaria da travessa ou das pressões do beco, e muito menos actuar conforme o ajuntamento na praça. Mas isso não significa que a política externa não tenha que ser clara, clarificar-se com os acontecimentos e sobretudo acontecer - uma política externa que não acontece para além da estafada invocação das linhas gerais do programa de Governo, é óbvio que pode ser política mas externa é que não é. E a acção diplomática, se bem que tenha muito de segredo de Estado e deva andar de braço dado com o sigilo, não é toda nem sequer na maior parte segredo de Estado e muito menos obriga o sigilo ao celibato e ao retiro na Cartuxa de Évora. A acção diplomática que, por conveniência política, receio dos efeitos ou vergonha das causas, fuja dos cidadãos a quem diz respeito, poderá ser tudo menos acção, será inacção e torna preguiçosa a soberania de um Estado que por natureza e história já é inerte e vocacionado para outorgas. Vem isto a propósito das Necessidades estarem mais off que on. Houve um fogacho, a propósito da UE-Médio Oriente, pouco mais, ou mesmo nada mais de relevante, além de manifestas outorgas.
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