15 outubro 2006

Conselho de Segurança a votos. Luta renhida por cinco lugares

Venezuela à prova. Nesta Segunda-feira, em Nova Iorque, é a primeira volta da eleição pela Assembleia Geral da ONU dos novos membros não permanentes do Conselho de Segurança para o biéno 2007-2009, com contagem de votos dos 192 Estados a cargo da Hungria, Suiça, Brunei, Chile e Quénia.

Passam à primeira volta – oito canditados para cinco vagas – os países que obtiverem dois terços de votos. Argentina, Dinamarca, Grécia, Japão e Tanzânia terminam no final de 2006 os respectivos mandatos cedendo lugares.
Venezuela e Guatemala (pelo Grupo de Estados da América/Caraíbas) protagonizam luta a luta mais renhida para ocupar o lugar a ser deixado pela Argentina. Chávez (ontem mesmo a chancelaria de Caracas emoldurou entusiasmo inusitado) assegura que o seu país conseguirá, logo na primeira volta, apoio de dois terços dos 192 membros da ONU, para o qual contará com o respaldo da Liga Árabe, Rússia, China, Irão, Cuba, países do Mercosul (designadamente do Brasil), e ainda de boa parte dos Estados da União Africana – o Chile diz que revela o seu voto sobre o momento da eleição. A Guatemala tem o apoio dos EUA – em entrevista a The Wall Street Journal, no final de Setembro, Condoleezza Rice considerou que entrada da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU paralisaria este órgão e que ditaria «o fim do consenso».

A Guatemala nunca esteve no Conselho de Segurança por onde a Venezuela já passou por quatro vezes (a última vez no biénio 1995-96)
Indonésia, Coreia do Sul e Nepal, por sua vez, disputam a vaga do Grupo Asiático a ser deixada deixada pelo Japão.

Nepal e Indonésia, duas vezes no Conselho de Segurança; Coreia do Sul uma única vez (1995-96)
África do Sul é o único candidato africano a prestar-se para render a Tanzânia.

A África do Sul nunca foi eleita para o Conselho de Segurança
Bélgica e Itália são também os únicos contendores do Grupo Europeu Ocidental (para os lugares a vagar pela Dinamarca e Grécia).

A Bélgica cumpriu já quatro mandatos (o último em 1991-92) e a Itália teve cinco presenças (última em 1995-96)
Eslováquia, Qatar, Peru, Gana e Congo terminam mandatos no final de 2007. Portugal só deve revelar o sentido de voto (sobretudo entre Venezuela/Guatemala) terminada a contagem ou conhecidos os resultados. Não será assim, Embaixador João Salgueiro?

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