19 outubro 2006

Diplomacia dos afectos. Atenção Embaixadas, atenção Consulados

Escalões. A fazer fé na Revista Sábado, os milionários domésticos cumprem à risca as regras da diplomacia dos afectos cultivada nas Necessidades, até em altos escalões, nas épocas de promoções e colocações: «Amorim não gosta de Jardim Gonçalves, que não gosta de Ulrich, que não gosta de Ricardo Salgado, que não gosta de Balsemão. Rendeiro não gosta de Berardo, que não gosta de Salvador Guedes. Jorge Armindo não gosta de Belmiro. E Belmiro não gosta de ninguém.» Para efeitos de diplomacia económica, embaixadas e consulados deviam dispor de um Anuário de Feitios & Desavenças, sem o qual não haverá diplomacia económica que resista, a não ser que em algumas embaixadas e em alguns consulados se opte por ficar afecto a algum só dos desafectos. O que acontece, por regra, com quem não gosta de ninguém.

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