(…) Naturalmente que as Finanças também podem executar diplomáticas músicas e até canto gregoriano pois este mesmo Ministério, apesar de aparentemente dever dedicar-se tão só às questões terrenas dos dinheiros, imaginem que até tutela o Instituto Português de Santo António, em Roma tem!»
(Mas isso é um banco?) - «Qual banco! O Instituto Português de Santo António em Roma, herdeiro do antigo "Hospício da Nação Portuguesa em Roma", tem por objectivos estatutários o exercício dos actos de culto católico que constam da vontade expressa dos benfeitores, o exercício de beneficência através do cumprimento das obrigações instituídas, ou a instituir e por meio de iniciativas de carácter social; o exercício de actividades culturais, quer através dos trabalhos de investigação histórica, de publicações e conferências, destinadas a tornar conhecidos e a promover o engrandecimento de valores espirituais portugueses, quer através de facilidades que conceda a artistas, cientistas e investigadores, os quais poderão ser alojados na hospedaria…»
(O Ministério das Finanças a tutelar actos de culto?) - «Mais ou menos para não dizer isso mesmo. Actualmente esse instituto que fica no N.º 2 da Via dei Portoghesi, a dois passos da Via della Scrofa e da Piazza Navona, mantém aberto ao público a Igreja de Santo António dos Portugueses, uma Biblioteca e um Arquivo Histórico, uma Galeria de Exposições e promove Cursos de Língua Portuguesa para estrangeiros… o que tem muito a ver com as finanças (…)
E de futuro, também não se vê o MNE a tutelar actos de culto, uma hospedaria eclesiástica, e uma instituição que não apresenta relatórios anuais dando conta de quantos e quais artistas recebem facilidades e para quê, que beneficência… E isto independentemente dos concertos de 10 de Junho.
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