Então para o ministro, a cooperação científica entre dois Estados é generosidade de um deles? Se é verdade que em conversa de corredor, um qualquer filipe português tem legitimidade para fazer papel de esmoler, já custa aceitar que um ministro explique interesses de Estados acordados bilateralmente como generosidade do mais forte para o mais fraco. Por outras palavras, a próxima cimeira luso-espanhola não vai ratificar a criação e sede do laboratório (a ser dirigido pelo galego José Ribas Rey), vai ratificar «a generosidade» de Madrid... Naturalmente que generosidade teve-a o Município de Braga (generosidade por conveniència evidente) com a cedência dos terrenos, e a Espanha resolveu em terreno neutro mais uma questão que poderia a Catalunha sentir-se vítima de falta de generosidade - fica a ver Braga por um canudo. A Espanha, de facto, é generosa.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
18 novembro 2006
Argumentário 13.06 Era de filipes. «Generosidade» de Espanha, Mariano Gago?
Achega para o pensamento nacional. Narra o Público que Mariano Gago explicou a instalação, em Braga, do Laboratório Internacional de Nanotecnologia em Braga, «por generosidade de Espanha».
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