07 novembro 2006

Kinshasa/jogo do empurra. Mesmo no dinheiro limpo, Santo Deus!

O dinheiro. E de dinheiro mais que limpo se trata, o enviado de Portugal para Kinshasa, mas que, segundo parece, leva uma eternidade, comparando com a suposta velocidade que outro tão limpo dinheiro, enviado do mesmo Congo/Kinshasa, ganha para Portugal. É que, depois do imbróglio do corte de comunicações à Embaixada por falta de pagamento à Nautel, os trabalhadores da missão portuguesa no Congo não recebem os salários atempadamente. Por princípio, os pagamentos no MNE são feitos a cada dia 20 do mês, mas os funcionários daquele posto nem nas duas ou mesmo três semanas seguintes recebem os salários... E com isto uma guerra de empurra - o Departamento de Administração do MNE diz que o cheque foi já enviado, os funcionários garantem que o cheque não chegou. «A experiência ensina-nos que, sempre que algo corre mal, ninguém quer assumir a responsabilidade de criar uma tramitação alternativa *. O MNE poderia autorizar a Embaixada a recorrer ao crédito» - comenta o STCDE.

Os trabalhadores, quase todos os meses, têm de pedir dinheiro emprestado para fazer face às difíceis condições de vida em Kinshasa, e o STCDE afirma-se disposto a mover queixa em tribunal para que os responsáveis cumpram o seu dever mais elementar...

Também no Consulado-geral em Goa (onde NV são lidas...) mais uma vez, os funcionários apenas receberam no dia 2 deste mês os salários de Outubro, sem as actualizações de 2005,de 2006 e ate de 2001!
* Dispondo o Congo/Kinshasa, de um cônsul honorário em Almada, o qual deve conhecer forma expedita para o caso de lá para cá e de cá para lá, porque razão o MNE não recorre aos seus bons ofícios e melhores serviços? Quem percebe da tenda é o tendeiro.

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